A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assasinato do mecânico Samuel dos Santos em Alvorada do Sul, no norte do Paraná, ocorrido na madrugada de 17 de janeiro. Ao todo, três mulheres foram indiciadas, entre elas, a esposa da vítima e sua amante.
Maria de Guadalupe, Debora Letícia Nogueira de Castro e Jéssica Brenda irão responder pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e sem chance de defesa da vítima.
De acordo com a investigação, conduzida pelo delegado Marcos Rubira, a companheira de Samuel, Maria, conheceu Debora quando foi candidata a vereadora em 2020. Na época, ela contratou a mulher como sua auxiliar e as duas iniciaram um relacionamento amoroso.
Com o passar do tempo, o mecânico foi considerado um empecilho para que o casal homoafetivo vivesse o seu amor e foi então que elas decidiram assassinar Samuel. A polícia aponta que o crime também foi motivado pelo desejo de Maria em ficar com os bens do marido.
Conforme o inquérito, as mulheres chegaram a oferecer uma arma e R$ 2.500 mil para que um jovem cometesse o crime sob a alegação de que a vítima teria estuprado Debora e, por isso, deveria ser morta. No entanto, o homem não acreditou na história contada e não aceitou a proposta.
Na sequência, as duas conversaram com a irmã de Debora, Jéssica Brenda, pessoa que, conforme a Polícia Civil, possui "vastas passagens policiais, envolvimento em homicídios, tráfico de drogas, formação de quadrilha" para conseguirem auxílio. Dessa vez, elas teriam alegado que Samuel estuprou uma criança.
Na noite de 16 de janeiro, como parte do plano de assassinato, as acusadas realizaram uma confraternização na residência de Samuel e Maria. Por volta das 3h30 da madrugada do dia 17, elas convenceram o mecânico a sair de carro junto com Debora e sua irmã Jéssica e foi então que ele foi morto.
Samuel foi encontrado sem vida na manhã seguinte, dentro de seu carro, às margens da rodovia PR- 090. O laudo pericial, do Instituto Médico-Legal (IML) de Londrina, na mesma região do estado, aponta que ele foi executado com um tiro na nuca por meio cruel e sem chance de defesa.
Ainda de acordo com o inquérito, as envolvidas no crime, afirmaram à polícia que a vítima teria saído de casa para comprar cerveja, por volta da 1h, e não retornou. Câmeras de segurança, no entanto, registraram que o carro de Samuel passou em determinado local às 3h44 e cerca de 20 minutos depois, Jéssica e Debora foram filmadas retornando a pé da mesma região.
Além disso, Jéssica que usava tornozeleira eletrônica naquela ocasião "envelopou" o aparelho, fazendo com que este perdesse o sinal entre às 23h do dia 16 e às 4h55 do dia 17. Para a polícia, essa é mais uma das evidencias que comprovam sua participação no assassinato.
Fonte: RIC Tv Record/Veja Paraná