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Crise EUA-Irã: Itamaraty diz em nota que apoia 'luta contra o flagelo do terrorismo'

General Qassem Soleimani foi morto nesta quinta após ataque ordenado pelo governo dos EUA. Bolsonaro disse que governo não comentaria assunto por não ter 'poderio [...]

Por Mauricio Santos em 04/01/2020 às 10:05:38

General Qassem Soleimani foi morto nesta quinta após ataque ordenado pelo governo dos EUA. Bolsonaro disse que governo não comentaria assunto por não ter 'poderio bélico'. Bolsonaro cita possibilidade de crise afetar preço de combustíveis

O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota nesta sexta-feira (3) na qual afirmou que apoia a "luta contra o flagelo do terrorismo".

A nota do Itamaraty foi divulgada um dia após o principal general iraniano, Qassem Soleimani, ter sido morto em um ataque ordenado pelo governo dos Estados Unidos.

Segundo o presidente Donald Trump, o ataque foi ordenado para "parar" uma guerra, não para "começar".

"Ao tomar conhecimento das ações conduzidas pelos EUA nos últimos dias no Iraque, o governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer justificativa ou relativização para o terrorismo", afirmou o Itamaraty nesta sexta-feira.

Local onde general iraniano foi morto em Bagdá, no Iraque

Roberta Jaworski/G1

'Poderio bélico'

Na nota, o ministério não condenou a morte do general iraniano, mas condenou um ataque à embaixada dos Estados Unidos em Bagdá (Iraque).

Mais cedo, nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que o governo não se manifestaria sobre o assunto por não ter o "poderio bélico" dos Estados Unidos.

"Eu não tenho o poderio bélico que o americano tem para opinar neste momento. Se tivesse, eu opinaria", afirmou o presidente.

Bolsonaro admite que crise EUA x Irã pode impactar combustível

Efeitos da crise

Um dos efeitos da crise entre Estados Unidos e Irã foi o aumento de 3,6% no preço do barril de petróleo, chegando a US$ 68,60.

No Brasil, Bolsonaro afirmou que o governo não vai interferir no preço dos combustíveis, mas que a alta é o que "mais preocupa" neste momento.

Outro efeito provocado pela crise foi a queda no fechamento das bolsas de valores internacionais.

Íntegra

Leia abaixo a íntegra da nota:

Acontecimentos no Iraque e luta contra o terrorismo

Ao tomar conhecimento das ações conduzidas pelos EUA nos últimos dias no Iraque, o Governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer justificativa ou relativização para o terrorismo.

O Brasil está igualmente pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento.

O terrorismo não pode ser considerado um problema restrito ao Oriente Médio e aos países desenvolvidos, e o Brasil não pode permanecer indiferente a essa ameaça, que afeta inclusive a América do Sul.

Diante dessa realidade, em 2019 o Brasil passou a participar em capacidade plena, e não mais apenas como observador, da Conferência Ministerial Hemisférica de Luta contra o Terrorismo, que terá nova sessão em 20 de janeiro em Bogotá.

O Brasil acompanha com atenção os desdobramentos da ação no Iraque, inclusive seu impacto sobre os preços do petróleo, e apela uma vez mais para a unidade de todas as nações contra o terrorismo em todas as suas formas.

O Brasil condena igualmente os ataques à Embaixada dos EUA em Bagdá, ocorridos nos últimos dias, e apela ao respeito da Convenção de Viena e à integridade dos agentes diplomáticos norte-americanos reconhecidos pelo governo do Iraque presentes naquele país.

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Fonte: G1

Tags:   G1
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