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Denunciado pela Spoofing acessou arquivos sigilosos de investigação do Gaeco em Ribeirão Preto, diz MPF

Segundo denúncia, computador de Walter Delgatti Neto tinha pastas com documentos da Operação Sevandija, que apurou um dos maiores esquemas de corrupção do estado de [...]

Por Mauricio Santos em 22/01/2020 às 11:37:29

Segundo denúncia, computador de Walter Delgatti Neto tinha pastas com documentos da Operação Sevandija, que apurou um dos maiores esquemas de corrupção do estado de SP. Alvos da Operação Spoofing tiveram acesso a documentos sigilosos do MP em Ribeirão Preto

Um dos alvos da Operação Spoofing, que apura invasões de celulares de autoridades como o ministro Sérgio Moro, teve acesso a documentos sigilosos de uma investigação do Ministério Público Estadual em Ribeirão Preto (SP) sobre um dos maiores esquemas de corrupção em prefeituras no estado de São Paulo, segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal nesta terça-feira (21).

De acordo com trecho do documento que denuncia sete pessoas, entre elas o jornalista Glenn Greenwald, os investigadores encontraram, em um computador de Walter Delgatti Neto, dados da Operação Sevandija.

A força-tarefa deflagrada em 2016 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Federal apurou de fraudes e desvios na Prefeitura do município no interior de São Paulo, ainda sob a gestão da então prefeita Dárcy Vera.

Denúncia do MPF menciona arquivos da Operação Sevandija, em Ribeirão Preto, acessados por alvo da Operação Spoofing

Reprodução/EPTV

A reprodução da tela do computador de Delgatti Neto mostra uma pasta com o nome do promotor Leonardo Romanelli, um dos responsáveis pela operação em Ribeirão Preto, além de arquivos que, no entendimento do MP, fazem referência a frentes de investigação como o caso dos honorários, esquema de pagamento indevido de honorários de uma ação movida pelo Sindicato dos Servidores Municipais que acabou resultando na condenação de pessoas como a ex-prefeita.

Em outro compartimento aparecem "Atmosphera" e "Aegea", nomes de empresas acusadas de participação nos crimes apurados em Ribeirão Preto. Entre as subpastas encontradas pelos investigadores há ainda algumas intituladas como "bloqueios judiciais", "notas fiscais" e "análise bancária".

O promotor Leonardo Romanelli disse que o acesso aos documentos não prejudicou o andamento processual da Sevandija, porque, hoje, os arquivos em sua maioria estão anexados às ações e são de conhecimento da Justiça local.

Walter Delgatti Neto foi preso na Operação Spoofing

Reprodução

"Não apenas eles não poderiam ser utilizados pelas defesas para favorecer, mas sequer eles seriam inovadores nesse ponto de vista", afirma.

Desde o ano passado, o Ministério Público tinha uma desconfiança de que poderiam ter sido hackeados e passou a adotar novas medidas de segurança, mas somente nesta terça-feira confirmou que conteúdos e documentos efetivamente tinham sido acessados.

"Fomos vítimas de um crime de invasão indevida de dados, portanto esses dados foram obtidos de maneira criminosa, violando as leis inclusive de interceptação e por isso eles não poderiam ser validamente utilizados", diz o promotor.

Procurado pela EPTV, afiliada da TV Globo, a defesa de Walter Delgatti Netto, e de outros acusados na Operação Spoofing, disse que as acusações são de cunho político, desprovidas de embasamento técnico. "Exatamente por isso a acusação está fadada ao fracasso, sobretudo por desrespeitar diversas garantias constitucionais e legais, afrontando, inclusive, grande parte da Doutrina Criminalista deste país."

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Fonte: G1

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