magazine luiza 1 728 x 90
LIFT DETOX
CICATRIBEM

Após atos, presidente do STF repete fala sobre democracia e critica 'clima de disputa permanente'

Ministro Dias Toffoli já tinha feito comentário quando protestos foram convocados. Manifestantes fizeram críticas ao Congresso e ao Supremo – algumas, [...]

Por Mauricio Santos em 15/03/2020 às 22:50:00

Ministro Dias Toffoli já tinha feito comentário quando protestos foram convocados. Manifestantes fizeram críticas ao Congresso e ao Supremo – algumas, inconstitucionais e ilegais. O presidente do STF, Dias Toffoli, durante discurso na sessão de abertura do ano legislativo no Congresso

Will Shutter / Câmara dos Deputados

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, repetiu neste domingo (15) críticas aos protestos com pautas inconstitucionais e ilegais, como as que pedem o fechamento do STF e do Congresso Nacional.

Questionado sobre os atos deste domingo, o gabinete de Toffoli optou por reenviar a declaração do ministro dada em 26 de fevereiro – em reação à notícia de que o presidente Jair Bolsonaro teria enviado um vídeo de convocação dos protestos a apoiadores, por mensagem de celular.

"Sociedades livres e desenvolvidas nunca prescindiram de instituições sólidas para manter a sua integridade. Não existe democracia sem um Parlamento atuante, um Judiciário independente e um Executivo já legitimado pelo voto. O Brasil não pode conviver com um clima de disputa permanente. É preciso paz para construir o futuro. A convivência harmônica entre todos é o que constrói uma grande nação", disse Toffoli.

Manifestantes foram às ruas do Distrito Federal e de outras capitais em atos pacíficos, mesmo após a orientação do presidente Jair Bolsonaro, divulgada em cadeia nacional de rádio e TV, para que os atos fossem adiados em razão do novo coronavírus.

No DF, além das críticas ao Legislativo e ao Judiciário, os manifestantes na Esplanada dos Ministérios reclamaram da nomeação da atriz Regina Duarte como secretária Especial de Cultura.

O presidente Jair Bolsonaro saiu do monitoramento pelo vírus e foi ao Palácio do Planalto, onde pegou na mão de apoiadores.

Bolsonaro cumprimentou apoiadores durante manifestação em Brasília

Participação de Bolsonaro

Na sexta (13), após receber um exame de coronavírus com resultado negativo, o presidente disse a apoiadores no Palácio da Alvorada que não daria a mão para cumprimentar as pessoas, como faz de costume.

"Apesar de o meu teste ter dado negativo, eu não vou apertar a mão de vocês. Nunca tinha visto ali qualquer problema. Se bem que, para a imprensa que está ouvindo ali, se eu tivesse com o vírus ou não tivesse, não estaria sentindo nada. Vida segue normal, um grande desafio pela frente, muitos problemas para serem resolvidos", afirmou o presidente na ocasião.

Cinco pessoas que viajaram com o presidente para os Estados Unidos fizeram os exames e descobriram que pegaram coronavírus.

Além da recomendação de monitoramento, médicos e autoridades ligadas ao governo pediram que Jair Bolsonaro repita o exame de coronavírus na próxima semana. Até lá, era esperado que o presidente evitasse contato com aglomerações. A agenda de segunda (16), por exemplo, não lista compromissos oficiais para o presidente.

Coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está sugerindo medidas para os governos e também para as pessoas para tentar conter a pandemia do novo coronavírus. A organização tem reforçado a importância das atitudes de cada pessoa para tentar controlar a disseminação da doença e também manter a sustentabilidade dos sistemas de saúde.

Segundo os especialistas ouvidos pelo G1, todas as medidas tomadas até agora estão sendo para evitar o colapso no sistema de saúde. A ideia é que a infecção não aconteça em um número grande de pessoas ao mesmo tempo para que haja um prazo maior de ação. Por isso, segundo eles, as atitudes individuais e coletivas de prevenção são fundamentais.

Alguns dos pontos destacados pelos especialistas, são:

As principais forma de ações individuais são: higienizar as mãos, tossir ou espirrar no braço e evitar sair de casa no caso de sintomas.

As principais ações coletivas, são: evitar aglomerações e ir em hospitais somente em caso de emergência.

Caso haja uma contaminação rápida e elevada da população, o sistema de saúde pode entrar em colapso.

Um dos pontos de atenção, no Brasil, é a quantidade de leitos de UTI, que pode ser um problema em caso de descontrole dos contágios.

As atitudes tomadas pelos agentes públicos são para evitar o colapso.

As ações só funcionarão se houver colaboração da sociedade.

Na quinta-feira, o Ministério da Saúde fez as seguintes recomendações:

Evitar apertos de mão, não compartilhar alimentos e bebidas, aumentar a distância social, reduzir a exposição a lugares lotados.

Idosos e doentes crônicos devem evitar locais com aglomeração: cinema, shoppings, shows e viagens.

Mudar rotina no transporte público.

Fazer exercícios ao ar livre. Academias podem estimular horários alternativos e reforçar higiene de equipamentos.

Comprar suprimentos que devem estar sempre à mão, para evitar sair se ficar doente ou precisar cuidar de alguém doente. Ao mesmo tempo, fazer isso de forma racional e evitar compras desnecessárias.

Quem usa medicamentos contínuos deve pedir prescrições com validade mais prolongada, para evitar ter que ir a uma unidade de saúde no período entre o outono e o inverno.

Fazer compras fora do horário de pico.

Fonte: G1

Tags:   G1
Comunicar erro
LIFT DETOX 2 798 x90

Comentários

anuncie aqui