O plano, no entanto, estava com os minutos contados. A esposa do PM – atenta à ausência de vento – notou que a árvore balançava, os galhos mexiam, os cabos esticavam. Não hesitou. Confiscou o pijama do marido que havia acabado de chegar de um longo plantão policial e lhe revelou suas desconfianças.
Não deu outra– lá estava o homem em cima da árvore, com sua cesta já recheada de cabos, de olhos esbugalhados e assustado pela descoberta. Foi um corre, corre danado na rua Major Vicente de Castro.
Em plena quarentena de calmaria, a maratona dos dois teve gosto de entretenimento para a vizinhança. A essa altura, já querendo protagonizar a fuga de outra personagem da Disney, o homem deixou para trás seus chinelos. Ninguém duvidou de que o par realmente era dele.
Depois disso, a Rondas Ostensivas Táticas (Rotam) chegou e deu um fim às atividades ilícitas do suspeito. Pudera! Semana sim, na outra também, moradores alegam que ficam sem luz, telefone e internet por conta dos furtos de cabos.
Vale ressaltar que ficar sem internet em época de quarentena é passível de pena dobrada. Mentira. Mas deveria ser.
Fonte: Banda B|Veja Paraná