Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Política

Relator no STF suspende portaria que muda regra para registro de agrotóxicos

Medida, publicada no fim de fevereiro, previa aprovação automática dos pesticidas em 60 dias após a análise técnica do Ibama, da Anvisa e do Ministério



Medida, publicada no fim de fevereiro, previa aprovação automática dos pesticidas em 60 dias após a análise técnica do Ibama, da Anvisa e do Ministério da Agricultura. Decisão do Supremo é liminar e cabe recurso. O Ministro Ricardo Lewandowski durante sessão plenária no Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília (DF), nesta quinta-feira (24), para votação sobre prisão em 2ª instância

Fátima Meia/Futura Press/Estadão Conteúdo

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu os efeitos de uma portaria do Ministério da Agricultura que estabelecia uma nova regra para a liberação de agrotóxicos. A decisão é liminar e cabe recurso.

A portaria do governo, publicada no final de fevereiro, mantinha a análise técnica por 3 órgãos: Ibama, Anvisa e Ministério da Agricultura. Mas, após o aval de todos eles, o ministério teria 60 dias para conceder a autorização. Se o governo não se manifestasse neste período, a concessão do registro seria automática (chamada também de "tácita").

Em sua decisão, Lewandowski, que é relator do caso na Suprema Corte, destacou que existe "perigo de grave lesão à saúde pública que a liberação indiscriminada de agrotóxicos pode causar, situação que se potencializa ainda mais em razão da atual pandemia de Covid-19".

A medida havia entrado em vigor na quarta-feira (1º) e só serviria para novos pedidos de registro, segundo o governo.

Aprovação de agrotóxicos tem nova regra na etapa final

Roberta Jaworski/G1

Os autores dos pedidos são PSOL e Rede Sustentabilidade. Os dois partidos argumentaram que a portaria, ao regulamentar as previsões da Lei de Liberdade Econômica, vai incentivar o uso de agrotóxicos, trazendo riscos à saúde.

O Ministério da Agricultura informou que a portaria não muda as exigências de avaliação por parte dos ministérios de Saúde, Meio Ambiente e da própria pasta.

Julgamento virtual parado

O julgamento em plenário do pedido de suspensão da portaria do Ministério da Agricultura está em análise em sessão virtual desde o dia 20 de março.

Ricardo Lewandowski já tinha votado contra a medida, acompanhado pelos ministros Dias Toffoli, Edson Fachin e Alexandre de Moraes. Mas, na última quinta-feira (26), o ministro Luís Roberto Barroso pediu vista do processo e a análise foi interrompida.

Segundo o STF, o relator, no caso Lewandowski, tem a prerrogativa de conceder a liminar até que a análise da ação seja concluída.

Initial plugin text

G1

G1

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!