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Alimentos, farmácia, brinquedos: vendas on-line crescem durante quarentena e levam empresas a mudar rotinas

Necessidade de ficar em casa também aumentou o número de pessoas comprando pela primeira vez na internet. Especialista compara disparada com a da Black Friday. [...]

Por Mauricio Santos em 06/04/2020 às 16:17:38

Necessidade de ficar em casa também aumentou o número de pessoas comprando pela primeira vez na internet. Especialista compara disparada com a da Black Friday. Pandemia do coronavírus e isolamento aumentou o número de pedidos no comércio on-line. Alimentos estão entre os itens mais comprados.

David Ryder/Reuters

A quarentena causada pelo coronavírus aumentou a demanda por compras on-line, principalmente alimentos, produtos de limpeza e pedidos em farmácias.

O volume cresceu tanto que foi comparado por especialista à Black Friday, data conhecida pelos descontos e uma das principais do comércio digital no ano.

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De acordo com a consultoria E-bit, na semana entre os dias 19 e 25 de março, o consumo de varejo on-line de produtos de consumo rápido quase dobrou. Entre os itens mais buscados, produtos da cesta básica tiveram alta de 165%, frios cresceram 106% e hortifrutigranjeiros, 93%.

Com muitas pessoas evitando sair de casa, os dados mostram ainda que o número de pessoas comprando pela primeira vez on-line quase dobrou no período,

A alta foi também sentida por gigantes do comércio digital. No Mercado Livre, por exemplo, a busca por produtos de higiene pessoal, alimentos e bebidas, farmácia e limpeza teve alta de 64% entre os dias 17 e 31 de março.

Só alimentos e bebidas cresceram 40%. Na categoria de saúde e equipamentos médicos a alta foi de 89%, enquanto a de artigos para casa e móveis subiu 93% (nesta categoria os mais comprados foram itens para cozinha, decoração, ar-condicionado e móveis).

Nos comércios on-line de plataformas menores também houve maior procura. Segundo dados da Konduto, empresa de análise de risco de fraudes no comércio eletrônico, houve uma demanda 7 vezes maior do que a normal por brinquedos. Foi a categoria com maior aumento nas buscas entre as 4 mil lojas que usam os serviços da companhia.

A análise leva em consideração compras feitas entre os dias 15 e 24 de março, em comparação com os primeiros dez dias do mês.

A alta foi muito grande também em supermercados (448%) e artigos esportivos (187%). Farmácias registraram crescimento de 74%.

"O aumento é nas proporções de Black Friday, de 3 a 5 vezes o volume normal. Alguns são óbvios, como os supermercados. Outros nem tanto, como brinquedos, com aumento de 7 vezes. Mas faz sentido já que as pessoas estão com crianças em casa por mais tempo", afirma Tom Canabarro, fundador da Konduto.

Também houve crescimento para produtos esportivos, como halteres e tapetes de yoga, além de jogos virtuais. De acordo com Canabarro, produtos supérfluos, como capinhas para celular ou roupas, tiveram queda nas compras.

Rotina mudou com maior demanda

O comércio on-line costuma se preparar para aumentos pontuais na demanda de produtos, como acontece durante a Black Friday, o Natal e outros feriados. Mas o isolamento do coronavírus e a alta da demanda por produtos específicos pegou as varejistas de surpresa.

A Amazon, por exemplo, afirma que fez ajustes para conseguir priorizar o estoque e a entrega dos itens prioritários — o que, segundo a empresa, "elevou os prazos de entrega".

O Mercado Livre afirma que ajustou o formato de navegação do site, facilitando acesso a anúncios de produtos essenciais. "Nossa expectativa neste momento está concentrada menos no crescimento no número de pedidos e mais em fazer com que os pedidos sejam entregues com rapidez e segurança", disse a empresa em nota.

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A B2W, varejista dona de sites como Submarino e Americanas, afirma que reforçou estoques e processos de entregar para garantir "oferta de produtos com preços justos" e também ter itens essenciais à disposição.

Já a Via Varejo — dona do Extra, Ponto Frio e Casas Bahia — disse que criou uma plataforma que permitirá aos 20 mil vendedores trabalhar de casa, fazendo atendimento do público de forma virtual. A empresa também afirmou segue contratando pessoas para trabalhar na divisão de tecnologia da informação (TI), principalmente desenvolvedores.

Segundo Canabarro, da Konduto, o baque foi sentido principalmente nos setores de logística dos vendedores menores: farmácias e supermercados estão com centros de distribuição sobrecarregados, tendo que contratar centros temporários.

"Foi de uma hora para a outra. Teve que fazer tudo isso [aumento da capacidade de operação] em uma semana", explica.

Fraudes e práticas abusivas

Em nota, o Mercado Livre afirmou que está coibindo especulação de preços, moderando anúncios de álcool em gel, máscaras e outros produtos.

"Até o momento, foram derrubados quase 9,2 mil anúncios com preços irregulares e 33 mil com propaganda enganosa".

A empresa também isentou 39 mil vendedores de comissões cobradas pela plataforma em 690 mil produtos de primeira necessidade, com o objetivo de dar mais margem aos vendedores e contribuir com a oferta de preços acessíveis a consumidores.

Apesar da demanda maior pelas vendas on-line, de acordo com Canabarro ainda não houve um crescimento expressivo de tentativas de fraude no comércio digital.

Mas a Konduto percebeu uma maior movimentação de coleta de informações pessoais e tentativas de roubo de dados, o que pode significar que golpes podem vir no futuro.

O Blog Segurança Digital, do G1, reuniu algumas dicas dos cuidados que devem ser tomados para fazer compras on-line e pagar de forma segura.

Fonte: G1

Tags:   G1
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