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MPPR reforça, em ano de pandemia, a garantia de direitos da população

Por Mauricio Santos em 23/12/2020 às 12:13:07

Ao longo dos 12 meses de 2020, o Ministério Público do Paraná atuou para que, em um ano de grave crise sanitária enfrentada em decorrência da pandemia de coronavírus, direitos e garantias fundamentais dos cidadãos paranaenses fossem assegurados.

Muitos foram os desafios impostos à população: perda de emprego, dificuldades em manter a renda familiar para honrar compromissos, falta de condições necessárias para que crianças e adolescentes mantivessem suas rotinas escolares, esforços para manter o distanciamento social, a preocupação com os idosos residentes em instituições de longa permanência, a apreensão quanto à existência, nas redes públicas dos 399 municípios paranaenses, das necessárias condições para atender toda a população, especialmente aquela acometida com sintomas mais graves de Covid-19, dentre outros tantos. Todas essas dificuldades desafiaram, por igual, a atuação do Ministério Público, que se manteve unido à população, lutando incansavelmente pela defesa de seus direitos.

Em todas essas frentes, o Ministério Público do Paraná, por meio de suas Promotorias de Justiça instaladas nas 156 comarcas do estado, trabalhou de forma ininterrupta, sobretudo em defesa da vida e da saúde das pessoas, isso porque, conforme destaca o procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia, "mais do que agir como instituição fiscal da lei, é função do Ministério Público promover cada vez mais a centralidade da pessoa humana" (Confira a íntegra da mensagem do procurador-geral de Justiça do Paraná no final desse texto). Ao mesmo tempo, a instituição manteve e intensificou sua atuação para garantir a fiscalização da correta destinação de recursos públicos voltados ao enfrentamento da pandemia – investigando e responsabilizando autores de atos de improbidade administrativa –, para preservar direitos de minorias e populações vulneráveis que historicamente sofrem preconceitos e discriminações e para, manter em curso as ações relacionadas ao combate à criminalidade e à preservação da segurança pública. Além disso, foram adotadas medidas para que o dinheiro público voltado a sanar as necessidades emergenciais da população fosse aplicado da melhor forma possível, dentro dos princípios da probidade administrativa e da transparência

Balanço – Conforme divulgado no último dia 14 de dezembro, especificamente quanto à pandemia, os agentes ministeriais ajuizaram 111 ações civis públicas, expediram 453 recomendações administrativas e fizeram 3.792 atendimentos à população, além de diversas outras deliberações no campo extrajudicial voltadas a controlar o avanço da doença no estado.

Nas diversas áreas de atuação – como saúde, educação, assistência social, patrimônio público, meio ambiente, idoso e pessoa com deficiência, infância e juventude, criminal, entre tantas outras – membros e servidores do MPPR trabalharam com afinco para preservar os direitos da população.

Aproximando-se o final do ano e chegando o Natal como prenúncio de um novo tempo de esperança, o Ministério Público do Estado do Paraná, continuará buscando, no espaço de sua missão, como ressalta o Procurador-Geral de Justiça Gilberto Giacoia em sua mensagem de Natal, um novo "cenário na perspectiva menos de um horizonte distante e mais de quem sabe uma utopia realizável, combatendo a erosão das virtudes morais e promovendo cada vez mais a centralidade da pessoa humana no grande arcabouço do direito e da justiça".


Mensagem do Procurador-Geral de Justiça

É NATAL

Será Natal para sempre, como vaticinou Drummond? Mesmo num mundo que parece despreparado para receber a luz que santifica nossa humanidade e que dá humanidade ao divino, nesta época em que se apresentam obstáculos quase insuperáveis, em que se desafia a ciência, em que se questiona o modelo de sociedade que se está a construir, será ainda Natal. Ocasião para realizarmos balanço do quanto fizemos e do quanto falta a fazer para a edificação de um corpo social livre das chagas da exclusão e das desigualdades.

Há que se pautar o nosso Natal de cada dia pelo conteúdo e pelo significado do discurso Daquele que veio para profetizar a esperança de resgate da nossa humanidade perdida, quando, da Montanha da Bem-Aventurança, pregou o amor sem ódio, a convivência plural afastada da indiferença, a justiça que abandona a miséria e a fome, a solidariedade que convive com a igualdade e a diversidade. Será esse, quem sabe, o prognóstico de uma sociedade pós-pandêmica, diante de uma maior tomada de consciência ética?

Neste momento crítico, pois, em que somos levados a refletir sobre o essencial, a prevalência da vida e da saúde, a fortalecer sentimentos de empatia, a reconhecer que somos todos iguais e que dependemos uns dos outros, enfim, a dar maior valor às pessoas nos impactos sociais, vamos comemorar de forma diferente o Natal. Afinal de contas, quando achamos que sabemos todas as respostas, o Natal nos indica que há ainda muitas perguntas a serem respondidas e que é preciso prosseguir cultuando valores e cultivando sementes férteis lançadas no jardim florido e perfumado da vida. Derrubar muros e construir pontes, como propõe o Papa Francisco na sua Fratelli Tutti. E, quando se engrossar esse caldo cultural e se consolidar essa abertura a todos pela compreensão de que só o amor integra e reúne, quem sabe se possa alcançar a permanência da felicidade, conforme o dito de Fernando Pessoa, de que tudo o que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível.

O Ministério Público do Estado do Paraná tem buscado, no espaço de sua missão, cultuar esse cenário na perspectiva menos de um horizonte distante e mais de quem sabe uma utopia realizável, combatendo a erosão das virtudes morais e promovendo cada vez mais a centralidade da pessoa humana no grande arcabouço do direito e da justiça.

Como cantou o poeta mineiro que inspira estas palavras, em sua cadeira de balanço, no Natal "...a poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro... A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã..."

Feliz Natal a Todas e a Todos!!!

Gilberto Giacoia

Procurador-geral de Justiça

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