Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Demissões

Funcionários de fábrica de fertilizantes em Araucária começam a ser demitidos pela Petrobras


Pelo menos 144 funcionários da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, já foram formalmente demitidos pela Petrobras.

De acordo com a estatal, 396 funcionários devem ser desligados até abril em um processo dividido em três etapas. A descontinuidade da empresa foi anunciada pela Petrobras em 14 de janeiro com a proposta de hibernação da unidade, já que uma sequência de prejuízos foi registrada e projeções negativas deixaram o negócio inviável. Em protesto contra a decisão da estatal, petroleiros em greve fazem desde o início do dia uma manifestação em frente à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), também Araucária.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Paraná (Sindiquimica-PR), Caio Rocha, ao longo dessa semana funcionários da Fafen-PR foram comunicados das demissões.

A Fafen-PR é a única produtora de ureia no país, insumo básico para a produção de fertilizantes. Esse volume corresponde à cerca de 10% do que é consumido no país – outros 90% vêm de fora. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), com o fechamento da fábrica, 100% da ureia consumida no Brasil deve ser importada, o que deixaria o país dependente das flutuações do mercado externo. Cálculos do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep) apontam ainda que a descontinuidade da fábrica pode impactar em prejuízos da ordem de R$ 75 milhões anuais somente em Araucária.

Sobre as demissões, a Petrobras afirmou em nota que que oferecerá um pacote adicional de benefícios, que inclui um valor entre R$ 50 mil e R$ 200 mil, de acordo com a remuneração e o tempo de trabalho e benefícios como manutenção de plano médico e odontológico. O fechamento da fábrica de fertilizantes também levanta discussões sobre os riscos ambientais. Em primeiro de fevereiro, mesmo dia em que a greve nacional começou, um incidente provocou o vazamento de amônia dentro da Fafen-PR. Por mais de 48 horas, os funcionários foram expostos a substância.

Para a procuradora do Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR), Cristiane Sbalqueiro, o incidente mostrou os perigos que a unidade pode trazer para a região, principalmente com o fechamento e a necessidade de esvaziamento da fábrica.

Por meio de nota, a Araucária Nitrogenados S/A (Ansa), responsável pela Fafen-PR afirmou que não houve qualquer vazamento, mas sim uma parada de uma caldeira da fábrica e de compressores do tanque de armazenamento de amônia, levando a um alívio controlado de amônia conforme o projeto do equipamento. E com isso, não há riscos para o rio Barigüi.

A empresa ainda disse que todos os produtos e insumos da fábrica serão devidamente destinados, cumprindo rigorosamente todas as exigências dos órgãos competentes.

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!