Ministro Dias Toffoli já tinha feito comentário quando protestos foram convocados. Manifestantes fizeram críticas ao Congresso e ao Supremo – algumas, inconstitucionais e ilegais. O presidente do STF, Dias Toffoli, durante discurso na sessão de abertura do ano legislativo no Congresso Will Shutter / Câmara dos DeputadosO presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, repetiu neste domingo (15) críticas aos protestos com pautas inconstitucionais e ilegais, como as que pedem o fechamento do STF e do Congresso Nacional.Questionado sobre os atos deste domingo, o gabinete de Toffoli optou por reenviar a declaração do ministro dada em 26 de fevereiro – em reação à notícia de que o presidente Jair Bolsonaro teria enviado um vídeo de convocação dos protestos a apoiadores, por mensagem de celular."Sociedades livres e desenvolvidas nunca prescindiram de instituições sólidas para manter a sua integridade. Não existe democracia sem um Parlamento atuante, um Judiciário independente e um Executivo já legitimado pelo voto. O Brasil não pode conviver com um clima de disputa permanente. É preciso paz para construir o futuro. A convivência harmônica entre todos é o que constrói uma grande nação", disse Toffoli.Manifestantes foram às ruas do Distrito Federal e de outras capitais em atos pacíficos, mesmo após a orientação do presidente Jair Bolsonaro, divulgada em cadeia nacional de rádio e TV, para que os atos fossem adiados em razão do novo coronavírus.No DF, além das críticas ao Legislativo e ao Judiciário, os manifestantes na Esplanada dos Ministérios reclamaram da nomeação da atriz Regina Duarte como secretária Especial de Cultura. O presidente Jair Bolsonaro saiu do monitoramento pelo vírus e foi ao Palácio do Planalto, onde pegou na mão de apoiadores.Bolsonaro cumprimentou apoiadores durante manifestação em BrasíliaParticipação de BolsonaroNa sexta (13), após receber um exame de coronavírus com resultado negativo, o presidente disse a apoiadores no Palácio da Alvorada que não daria a mão para cumprimentar as pessoas, como faz de costume."Apesar de o meu teste ter dado negativo, eu não vou apertar a mão de vocês. Nunca tinha visto ali qualquer problema. Se bem que, para a imprensa que está ouvindo ali, se eu tivesse com o vírus ou não tivesse, não estaria sentindo nada. Vida segue normal, um grande desafio pela frente, muitos problemas para serem resolvidos", afirmou o presidente na ocasião.Cinco pessoas que viajaram com o presidente para os Estados Unidos fizeram os exames e descobriram que pegaram coronavírus.Além da recomendação de monitoramento, médicos e autoridades ligadas ao governo pediram que Jair Bolsonaro repita o exame de coronavírus na próxima semana. Até lá, era esperado que o presidente evitasse contato com aglomerações. A agenda de segunda (16), por exemplo, não lista compromissos oficiais para o presidente.CoronavírusA Organização Mundial da Saúde (OMS) está sugerindo medidas para os governos e também para as pessoas para tentar conter a pandemia do novo coronavírus. A organização tem reforçado a importância das atitudes de cada pessoa para tentar controlar a disseminação da doença e também manter a sustentabilidade dos sistemas de saúde.Segundo os especialistas ouvidos pelo G1, todas as medidas tomadas até agora estão sendo para evitar o colapso no sistema de saúde. A ideia é que a infecção não aconteça em um número grande de pessoas ao mesmo tempo para que haja um prazo maior de ação. Por isso, segundo eles, as atitudes individuais e coletivas de prevenção são fundamentais.Alguns dos pontos destacados pelos especialistas, são:As principais forma de ações individuais são: higienizar as mãos, tossir ou espirrar no braço e evitar sair de casa no caso de sintomas.As principais ações coletivas, são: evitar aglomerações e ir em hospitais somente em caso de emergência.Caso haja uma contaminação rápida e elevada da população, o sistema de saúde pode entrar em colapso.Um dos pontos de atenção, no Brasil, é a quantidade de leitos de UTI, que pode ser um problema em caso de descontrole dos contágios.As atitudes tomadas pelos agentes públicos são para evitar o colapso.As ações só funcionarão se houver colaboração da sociedade.Na quinta-feira, o Ministério da Saúde fez as seguintes recomendações:Evitar apertos de mão, não compartilhar alimentos e bebidas, aumentar a distância social, reduzir a exposição a lugares lotados.Idosos e doentes crônicos devem evitar locais com aglomeração: cinema, shoppings, shows e viagens.Mudar rotina no transporte público.Fazer exercícios ao ar livre. Academias podem estimular horários alternativos e reforçar higiene de equipamentos.Comprar suprimentos que devem estar sempre à mão, para evitar sair se ficar doente ou precisar cuidar de alguém doente. Ao mesmo tempo, fazer isso de forma racional e evitar compras desnecessárias.Quem usa medicamentos contínuos deve pedir prescrições com validade mais prolongada, para evitar ter que ir a uma unidade de saúde no período entre o outono e o inverno.Fazer compras fora do horário de pico.
G1