No caso especĂfico do AVC, que requer agilidade no atendimento, hĂĄ duas apresentações. A mais grave é o acidente vascular hemorrĂĄgico, que acontece quando um vaso se rompe e gera um sangramento no cérebro. HĂĄ dois tipos de AVC hemorrĂĄgico: o intracerebral, com sangramento dentro do cérebro, e a hemorragia subaracnóide, na parte entre o crânio e o cérebro.
JĂĄ o mais comum é o acidente vascular isquĂȘmico, quando o fluxo de sangue é bloqueado em uma região especĂfica do cérebro. A falta de sangue causa danos às funções neurológicas e pode paralisar, temporariamente, o indivĂduo. Para se ter ideia, 87% dos AVCs são desse tipo.
Um teste rĂĄpido pode indicar que os sintomas apresentados pela pessoa seriam decorrentes de um AVC, aponta a especialista.
Alguns deles são: dificuldade para falar, pronĂșncia de palavras ou de a pessoa enrolar a lĂngua; falta de coordenação motora com desequilĂbrio na hora de tentar caminhar; perda de visão de um olho ou dificuldade para enxergar; paralisia dos membros de um lado do corpo; não conseguir levantar os dois braços ou um deles cair rapidamente; e não conseguir sorrir de forma igual, com um lado da boca puxando para baixo.
Dra. Vanessa reforça: sentiu algum desses sintomas, vĂĄ o mais rĂĄpido possĂvel ao hospital. "As dores de cabeça quando acontecem de forma sĂșbita e muita intensa, acompanhadas de outro sintoma, como vômitos ou dificuldade para falar ou enxergar, também são emergĂȘncias, o paciente não deve esperar passar por si só", reforça.
Conforme explica o cardiologista do INC, Dr. Rafael LuĂs Marchetti, até mesmo a falta de ar – também um dos sintomas da COVID-19, por coincidĂȘncia – pode apontar sintomas de infarto. Além disso, dores no peito e palpitações são sinais imediatos que o indivĂduo deve procurar um médico.
Por isso, o ponto chave nesse tipo de urgĂȘncia é a dor torĂĄcica: alta intensidade de pontadas ou dores constantes na região do peito podem indicar um problema mais grave que uma simples fadiga muscular.
"O conselho é: não hesite em sair de casa se tiver os sintomas para procurar atendimento", alerta ele. "São casos que podem ser evitados. Ao invés de correr o risco de infartar em casa com medo de ir ao hospital, a pessoa acaba perdendo a chance de tratamento".