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Anvisa: Não há evidências de falta de medicamentos por causa do coronavírus

 O órgão disse que está em contato com empresas que detêm registros de medicamentos no Brasil. A ideia é agir rapidamente em casos de possíveis

Por Mauricio Santos em 06/03/2020 às 13:45:31

O órgão disse que está em contato com empresas que detêm registros de medicamentos no Brasil. A ideia é agir rapidamente em casos de possíveis desabastecimentos. "Todas as associações representativas da indústria farmacêutica já foram contatadas pela Anvisa para o envio de dados sobre estoque de medicamentos e eventuais riscos de desabastecimento", declarou a agência, em nota à imprensa.

O avanço do novo coronavírus ligou o alerta na indústria e em governos por possíveis interrupções do fornecimento de medicamentos ou de insumos para a produção de remédios, especialmente vindos da China e Índia. Mais de 90% dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) usados no Brasil são importados, sendo boa parte destes países.

A Anvisa se reuniu na quarta-feira, 4, com representantes da indústria farmacêutica para confirmar que não há risco "iminente" de falta de medicamento. "Como encaminhamento, foi definido que as associações manterão canal aberto com a Anvisa sobre a real situação dos estoques das empresas, a fim de evitarmos um potencial risco de desabastecimento de medicamentos no Brasil", afirma a agência.

O órgão afirma que, se preciso, adotará medidas de para atender casos específicos de falta de medicamentos ou insumos para a produção. "Portanto, a Anvisa adotará medidas de otimização regulatória para atender casos específicos, mantendo a qualidade, segurança e eficácia dos produtos, e, em eventual hipótese de desabastecimento em razão da epidemia de Coronavírus, poderá tomar as devidas providências."

A agência definiu ainda que editará uma resolução para "racionalizar" certificações exigidas para registros de medicamentos e produtos para a saúde no Brasil, prevendo demanda pelo coronavírus.

Como o Broadcast/Estadão mostrou, a indústria de medicamentos afirma que não teve a cadeia produtiva impactada pelo novo coronavírus, mas a situação "preocupa". As entidades dizem ter ligado o alerta para a possibilidade de insumos para produção ou pressão sobre preços.

"As nossas associadas, e quase todas as empresas do setor, estão obviamente fazendo mapeamento dos seus estoques e checando como o fornecimento pode ser afetado. É lógico que a preocupação é grande, mas não posso dizer pontualmente quais seriam os ativos (prejudicados)", disse a presidente da ProGenéricos, Telma Salles.

"O que preocupa é uma corrida às farmácias por notícias de suposto desabastecimento. Aí vai ter mesmo uma falta de medicamentos", afirmou o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini.

Tags:   Saúde
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