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Privatização da Petrobras não estĂĄ prevista neste mandato, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou hoje (29) uma eventual privatização da Petrobras “neste mandato”. Em entrevista coletiva na embaixada...

Por Mauricio Santos em 29/03/2022 às 16:57:00

O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou hoje (29) uma eventual privatização da Petrobras "neste mandato". Em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Paris, ele comentou a troca de presidente da estatal e minimizou o impacto da medida sobre a companhia.

"O presidente [Jair Bolsonaro] disse expressamente que não privatizaria a Petrobras neste mandato, o primeiro mandato. Nunca disse nada sobre o segundo mandato", declarou Guedes. Ele se disse pessoalmente favorĂĄvel à privatização da petroleira, mas afirmou que a decisão final cabe ao presidente da RepĂșblica.

"Quando penso em Petrobras, penso que a gente deveria privatizar a Petrobras, mas eu não tenho votos. Sou só um ministro da Economia. Eu não tenho nada a comentar sobre a Petrobras", disse Guedes. Ele acrescentou que o Ășnico nome indicado por ele para comandar a estatal foi o do economista Roberto Castello Branco, que presidiu a companhia de janeiro de 2019 a fevereiro de 2021.

Em relação à troca do general da reserva Joaquim Silva e Luna pelo economista Adriano Pires na presidĂȘncia da Petrobras, o ministro disse que a mudança não deverĂĄ ter consequĂȘncias prĂĄticas sobre a gestão da empresa. "Não acho que essa mudança seja um fator importante, não mesmo. Não espero que tenha efeitos reais", comentou.

Durante a entrevista, Guedes prometeu executar outras privatizações até o fim do ano, como a da Eletrobras e a dos Correios, além de avançar com concessões de portos e dos aeroportos do Galeão, de Santos Dumont e de Congonhas.

Inflação

O ministro estĂĄ em viagem a Paris para discutir a adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Durante a entrevista, Guedes comentou a alta da inflação, atribuindo a alta dos preços a fatores internacionais, como a guerra entre RĂșssia e Ucrânia e o impacto da pandemia de covid-19 sobre a economia global.

"A inflação nos EUA saiu de 0% a 8,5%. Na Alemanha, também saiu de 0% para 7%. É claramente um fenômeno global e temos dois fatores: o impacto da pandemia, com a contração da cadeia de mantimentos e de fornecedores, menos serviços, e o governo respondeu a isso aumentando as polĂ­ticas fiscais e monetĂĄrias, aumentando a demanda. Isso gerou inflação, naturalmente, mesmo antes da guerra", declarou.

Para Guedes, o Brasil estĂĄ mais preparado para lidar com a inflação à medida que o Banco Central aumentou a taxa Selic (juros bĂĄsicos da economia) de 2% para 11,75% ao ano desde agosto de 2021. Na avaliação do ministro, os Bancos Centrais europeus estão aumentando os juros muito lentamente. "Tem algo errado nos Bancos Centrais da Europa. Eles não estão praticando uma boa polĂ­tica monetĂĄria, com 8% de inflação e taxas de juros de 0,5% [ao ano]. A inflação vai ser um grande problema aqui [na Europa]", acrescentou.

Fonte: EBC

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