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Guedes: governo avalia redução moderada de imposto sobre combustĂ­veis

Por Mauricio Santos em 02/02/2022 às 11:08:22

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem (1Âș) que o governo avalia redução "moderada" de alguns impostos na elaboração da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos CombustĂ­veis. O objetivo da medida é evitar os sucessivos aumentos no preço dos combustĂ­veis. Guedes destacou que o governo estuda reduzir impostos sobre o diesel, mas questionou a adoção de medida similar para a gasolina.

"Estamos estudando isso com muita moderação, olhando exatamente para os impostos que poderiam ser moderadamente reduzidos. Pode ser que [em] um [imposto] sobre diesel [se] possa avançar um pouco mais. Mas, sobre gasolina, afinal de contas, se estamos em transição para uma economia verde, se estamos em transição para uma economia digital, serĂĄ que deverĂ­amos subsidiar gasolina?", questionou o ministro em evento virtual sobre a economia brasileira realizado pelo banco Credit Suisse.


Segundo o ministro, a proposta seria "autorizativa", com a adesão de estados para, entre outras medidas, reduzir as alĂ­quotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Como contrapartida, o governo também reduziria impostos federais incidentes sobre o produto, a exemplo da contribuição do Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor PĂșblico (PIS/Pasep) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).


"Se quiserem reduzir o ICMS, reduzam o ICMS para o Brasil girar melhor em cima do diesel. Por outro lado, se o governo federal também for autorizado; nós arrecadamos em torno de R$ 17 [bilhões], quase R$ 18 bilhões/ano de diesel; poderĂ­amos reduzir um pouco isso aĂ­ também", acrescentou.


O ministro disse ainda que o problema é polĂ­tico e citou projeto aprovado na Câmara dos Deputados que estabelece um valor fixo para a cobrança de ICMS sobre combustĂ­veis.


Atualmente, o ICMS é calculado como um percentual do preço final. Isso faz com que o imposto flutue conforme os preços nas bombas, subindo quando a Petrobras reajusta os valores nas refinarias e baixando, quando ocorre o contrĂĄrio.


O projeto obriga estados e o Distrito Federal a especificar a alĂ­quota cobrada do ICMS de cada produto pela unidade de medida adotada (litro, quilo ou volume), e não mais sobre o valor da mercadoria, como ocorre atualmente. A proposta aguarda anĂĄlise do Senado.


"Se eles acharem que tem de limitar o ICMS, e sair de ad valorem [percentual conforme o valor da mercadoria] para ad rem [valor fixo] e limitar, em vez de ser 34%, que seja 25%, 20%. É um problema polĂ­tico, eu não entro nessa discussão. Agora que é bem-vindo, em vez de pensar só em teto de gasto, pensar em teto de imposto, eu gosto da ideia", afirmou.


Os sucessivos aumentos no preço dos combustĂ­veis geraram queda de braço entre o governo federal e os estados. Por diversas vezes ao longo do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro atribuiu aos estados parte da responsabilidade pelos aumentos dos combustĂ­veis. O governo federal defende que o ICMS seja cobrado como um preço fixo por litro, como ocorre com os tributos federais.


Em meio às afirmações do presidente, os secretĂĄrios de estaduais de Fazenda aprovaram, durante reunião do ComitĂȘ Nacional de PolĂ­tica FazendĂĄria (Confaz) a prorrogação até 31 de março, do congelamento ICMS dos combustĂ­veis, que incide sobre o preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF). O congelamento, aprovado em outubro passado, terminaria no 31 de janeiro.


Contudo, os governadores afirmam que o congelamento não é suficiente e argumentam que os elementos centrais dos aumentos dos combustĂ­veis são a "variação do dólar e a polĂ­tica da Petrobras de paridade com o mercado internacional do petróleo", segundo carta do ComitĂȘ Nacional dos SecretĂĄrios de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal, divulgada na semana passada.


Como solução, os estados defendem a criação de um fundo de estabilização dos preços dos combustĂ­veis, que evitaria repasses ao consumidor. Durante o evento desta terça-feira, Guedes manifestou-se contra a criação de um fundo. Segundo o ministro, mais de 80% dos fundos de estabilização de outros paĂ­ses "deram errado".

Fonte: EBC

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