Ministro do Gabinete de Segurança Institucional participou de reunião no Planalto uma semana após diagnóstico, mas depois foi avisado de que precisaria ficar mais sete dias afastado. O ministro Augusto Heleno, do GSI
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A assessoria de comunicação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, diagnosticado com o novo coronavírus, disse, por meio de nota, que ele saiu do isolamento antes do prazo de 14 dias por um "engano" de médicos.
No documento, divulgado no sábado (28), a assessoria afirmou que ele tinha sido autorizado por médicos a participar de uma reunião ministerial, mas, depois, foi avisado de que houvera um equívoco e que deveria ficar em isolamento por mais sete dias. Desde, então, permanece trabalhando de casa.
"Alertado, pelo Serviço de Saúde, de que houve um engano e que deveria permanecer mais sete dias em isolamento, retornou a sua residência, e, de lá, não mais saiu. Permanece, desde então, em regime de home office", afirma o texto.
O ministro revelou que seu exame para a doença havia dado positivo no dia 18 deste mês. Uma semana após receber o resultado, Heleno participou de uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro, o vice, Hamilton Mourão, e parte da equipe ministerial.
"O General Heleno, depois de sete dias de afastamento total, foi autorizado, por dois médicos, a comparecer ao Planalto, para uma reunião ministerial. Dirigiu-se ao Palácio, sozinho, conduzindo seu próprio carro, e participou, por três horas, da reunião", segundo a nota da assessoria do GSI.
Em fotos divulgadas pelo Planalto da reunião, é possível ver que Heleno estava sem proteção e sentou ao lado dos outros ministros. Também estiveram presentes à reunião o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.
Heleno tem 72 anos de idade, ou seja, está nos grupos considerados mais suscetíveis ao novo coronavírus. O ministro integrou a comitiva do presidente Bolsonaro em missão oficial à Flórida (EUA), no início de março. Além dele, mais de 20 pessoas que estiveram nessa viagem testaram positivo para a doença.
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