O candidato do PT à PresidĂȘncia, Luiz InĂĄcio Lula da Silva, disse hoje (12) que pretende transformar a polĂtica ambiental em um tema que seja observado por todas as instâncias do governo federal. "A polĂtica ambiental serĂĄ tratada de forma transversal. Ou seja, todos os ministros terão obrigação com a questão climĂĄtica", enfatizou ao receber contribuições para o seu programa de governo da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que também é uma das fundadoras e parte da direção nacional do partido Rede Sustentabilidade.
O documento entregue pela ex-ministra e ex-senadora tem como foco a ideia de transição do atual modelo econômico para um modelo de produção com menor impacto ambiental e com atenção às mudanças climĂĄticas. Estão previstas ainda ações de financiamento para produção agrĂcola com menor impacto ambiental e menor uso de agrotóxicos.
O candidato do PT chamou atenção para a urgĂȘncia das discussões sobre as mudanças climĂĄticas. "A humanidade estĂĄ se dando conta que se a gente não trabalhar com seriedade, a gente vai sofrer as consequĂȘncias, porque nós estamos destruindo o mundo em que nós vivemos", ressaltou.
Nesse contexto, Lula acredita que o Brasil reĂșne as condições para liderar as tomadas de decisão nos fóruns internacionais no enfrentamento da crise. "Esse paĂs tem que virar protagonista internacional na questão do clima.", disse.
O petista também quer fortalecer os mecanismos de controle para reduzir o desmatamento, o garimpo ilegal e outras atividades criminosas, como o trĂĄfico de drogas, nas regiões de fronteira. "Estamos propondo a criação do Ministério da Segurança PĂșblica porque é preciso que a gente tenha em conta que o Brasil tem quase 16 mil quilômetros de fronteira seca, mais 8 mil quilômetros de fronteira marĂtima", destacou.
Lula também voltou a dizer que pretende fomentar a pesquisa e inovação em torno da biodiversidade amazônica, inclusive como meio de gerar renda para as populações que vivem na região da floresta. "A Amazônia tem que ser estudada, pesquisada, soberanamente sobre o controle do Brasil. Mas nós temos que compartilhar com a ciĂȘncia do mundo o estudo da biodiversidade e riquezas daquela região", acrescentou.
Fonte: AgĂȘncia Brasil