Gaeco denuncia policiais militares envolvidos em esquema para "blindar" festas clandestinas em Ibiporã durante pandemia

O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ofereceu denúncia contra dois policiais de Ibiporã, norte do Paraná. Eles estariam recebendo propina para acobertar a realização de festas clandestinas durante a pandemia, na cidade. A denúncia foi protocolada na Vara de Auditoria Militar, na sexta-feira (25), por meio da promotoria da auditoria militar. Entre as provas estão áudios trocados via WhatsApp.

Um dos policiais envolvidos teria pedido a um colega, que estava trabalhando como atendente do COPOM de Londrina, no dia 10 de abril, que fosse avisado sobre denúncias de uma festa na rua Ilha do Mel. Isso porque ele estaria no local participando de uma suposta live beneficente. No áudio, ele diz para dar "um toque, para não fechar o rolê […]. Vai dar acho que no máximo umas 30 pessoas".

Conforme a denúncia, o outro policial afirma que "poderia ficar "sossegado", pois diante de eventual solicitação "cancelaria" o atendimento, demonstrando que sequer enviaria uma equipe policial ao local". No áudio de resposta, o colega de profissão ainda teria dito que o COPOM de Londrina recebeu o aviso de festa e que ele deveria comunicar também à equipe da cidade.

A conversa segue com a atualização de diversas denúncias da população. Em determinado momento, o policial que estaria na festa afirma que 50 pessoas estão no local e que já fez eventos com 150, em outra ocasião.

Caso seja confirmada a infração, os policiais devem ser demitidos dos cargos. Uma multa também pode ser gerada.