Para a PolĂcia Civil, todos os sete devem responder pelo crime de homofobia, que foi equiparado ao crime de racismo por entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF). Quatro deles, segundo a investigação, tiveram participação direta na morte e vão responder por homicĂdio triplamente qualificado, com tortura, motivo fĂștil e impossibilidade de defesa. TrĂȘs vão responder por omissão de socorro. Por fim, uma adolescente é citada na conclusão do inquérito. Ela deve responder por ato infracional por quatro crimes, mas homicĂdio não é um deles.
De acordo com o delegado Tito Livio Barichello, o caso é bastante complexo, mas a polĂcia conseguiu apurar o ocorrido na casa do Alto Boqueirão. "A vĂtima foi até uma festa rave e, posteriormente, foi levada por um dos acusados até essa residĂȘncia. LĂĄ, todos consumiram drogas e bebidas alcoólicas, mas não satisfeitos com a orientação sexual da vĂtima, iniciaram as agressões, em um claro crime de homofobia. Ronaldo foi torturado fĂsica e psicologicamente, com cinta, martelo, esganadura com as mãos e estrangulamento com um fio", descreveu.
Ronaldo foi encontrado morto com uma peça Ăntima feminina na boca, o que jĂĄ dava indĂcios da homofobia.
Com a conclusão do inquérito, trĂȘs dos quatro indiciados por homicĂdio tiveram a prisão temporĂĄria convertida em preventiva.
O Ministério PĂșblico do ParanĂĄ jĂĄ protocolou a denĂșncia contra os investigados e a Justiça deve agora decidir se torna todos réus.