A Universidade Federal do Paraná (UFPR) atingiu a marca de 100 patentes concedidas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), o pedido registra uma nova técnica para produção de células solares orgânicas que demonstrou triplicar a eficiência na conversão da luz em eletricidade entre outras vantagens, como tornar as células mais duráveis.
Desde 2013, ano da primeira patente concedida à UFPR, diversas inovações ganharam registro, tendo sido fundamental a assessoria da Agência de Inovação da universidade, ligada à Superintendência de Parcerias e Inovação (Spin), que dá suporte aos pesquisadores para fazer os pedidos. (...)
Segundo a Agência, sete patentes de invenções geradas na universidade já estão sendo utilizadas comercialmente, gerando royalties para a universidade. Além das invenções, também estão tendo uso comercial seis cultivares de cana-de-açúcar registrados por meio da agência e um programa de computador, estes também resultando em retorno de recursos para a universidade.
Confira o portfólio completo de propriedade intelectual da Agência de Inovação – Spin.
Inovação torna células solares orgânicas mais duráveis e eficientes
O processo patenteado é aplicado na produção de um novo tipo de célula solar que é formada por filmes finos e flexíveis, criados camada à camada como uma impressão. Na produção, polímeros semicondutores, que dão o nome às células por serem compostos orgânicos, são evaporados e fixam-se em um substrato, formando um material flexível e semitransparente. A principal vantagem dessas células está no método de sua fabricação, que acontece em impressoras de rolo para rolo, que permite a produção de quilômetros de células por mês em substratos flexíveis.
Diferente das células fotovoltaicas convencionais, esse tipo de célula é muito mais versátil, dependendo menos do ângulo da incidência do sol, utilizando estruturas de suporte mais leves e podendo ser aplicadas de diversas formas, como em mobiliários urbanos, estufas, fachadas de prédios e até mesmo em mochilas e casacos.
A professora Lucimara Stolz Roman, do Departamento de Física da UFPR, que coordenou o estudo que levou à patente, explica que a produção desse tipo de material é bastante desafiadora. O filme é formado por meio da evaporação de uma solução que contém vários materiais semicondutores. Dependendo da maneira como o material seca e do tratamento térmico aplicado o filme terá uma morfologia diferente o que pode alterar suas propriedades óticas e elétricas, que afetam a geração de energia.
Fonte: Universidade Federal do Paraná Superintendência de Comunicação e Marketing (Sucom